[INÍCIO] | [BOLETIM INFORMATIVO] | [DOCUMENTÁRIOS] | [EVENTOS] | [BANNER] | [PARCEIROS] | [SUGESTÕES] | [FALE CONOSCO]
Acabe com a sua curiosidade referente às inovações tecnológicas da área elétrica. Encontre aqui reportagens, eventos, novidades, documentários, ... Objetivando atingir um público alvo diversificado, desde leigos à especialistas do ramo. Desfrute ao máximo!

sábado, 20 de agosto de 2011

Cobertura completa do Seminário Internacional Opará I

O blog /Eletrocuriosidades’, na minha pessoa, esteve presente e relata o que ocorreu. 

O seminário fez parte da primeira atividade do Plano de Treinamento em Gestão Socioambiental da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco realizada pela Câmara Consultiva Regional do baixo São Francisco, em parceria com o Ministério Público do Estado de Sergipe, com a Escola Superior do Ministério Público e com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, contando com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Grupo Acqua, Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e do Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA). Ocorrido no Auditório do Ministério Público do Estado de Sergipe, nos dias 18 e 19 de agosto, contou-se com a presença de palestrantes do Brasil e da Argentina. 
O principal objetivo do encontro foi discutir os impactos causados na icriofauna (relacionado ao conjunto das espécies de peixes que existem na região, sobretudo no baixo São Francisco) e na economia sustentável da região por conta da construção de barragens. Destaque para a Palestra “La Valuación de los Ecosistemas y del Agua como Herramienta útil em los procesos de Toma de decisión” que foi proferida pela Professora Doutora da Universidade de Buenos Aires, Griselda D. Capaldo.

Programação do Seminário

18 de Agosto:

19h – Abertura com o Psicólogo e Prof. Mestre da Universidade Estadual de Alagoas, Delmam Moitinho Barboza.
19:20h – Palestra com a Profª. Drª da Universidade de Buenos Aires, Griselda D. Capaldo, sobre “ La Valuación de los Ecosistemas y del Agua como Herramienta útil em los procesos de Toma de decisión (A valorização dos ecossistemas e da água como uma ferramenta útil no processo decisório.)” .

19 de Agosto:

9h - Mesa Redonda I:
Presidente da Mesa: Geraldo José dos Santos – Presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
Palestra com o Professor e Mestre Luis Carlos da Silveira Fontes (UFS) e também com o Professor Doutor Paulo Ricardo Medeiros Peters (UFAL) sobre: “Os Impactos ambientais das barragens no baixo São Francisco”.
14:30h – Mesa Redonda II:
Presidente da Mesa: Carlos Eduardo Ribeiro Júnior – Coordenador da Câmara Consultiva Regional.
Paletra com a Professora e Drª. Maria Augusta Mundim Vargas (UFS) sobre: "Os Impactos Sociais das Barragens do baixo São Francisco".

Lançamento do livro: "Águas do São Francisco"


Inserido na programação do Seminário Internacional Opará I, o livro ”Águas do São Francisco“ teve seu lançamento no dia 18 de agosto de 2011, às 21 horas, no auditório do Ministério Público do Estado de Sergipe.
Editado pela Universidade Federal de Sergipe e tendo como organizadores os professores Antenor de Oliveira Aguiar Netto (Engenheiro Agronômico pela UFBA, Mestre e Doutor em Agronomia (Irrigação e Drenagem) pela Universidade Estadual Paulista) e Ariovaldo Antônio Tadeu Lucas (Engenheiro Agronômico pela Universidade Federal de São Carlos, Mestre em Irrigação e Drenagem pela ESALQ/USP e Doutor em Ecologia Aplicada pela ESALQ/UPS e Water Resources Engineering - Oregon State University), fornece subsídios para entender a problemática local e regional e colaborar na construção de propostas para um desenvolvimento pautado pela sustentabilidade na bacia hidrográfica do rio São Francisco.
A publicação é uma obra coletiva, no sentido mais geral do termo, pois é constituída por reflexões produzidas por professores, técnicos especialistas na temática e estudantes, além de incorporar manifestações oriundas das comunidades ribeirinhas do São Francisco.
O livro "Águas do São Francisco" é composto de três partes - reflexões, aplicações e o programa - distribuídas em onze capítulos, convidando o leitor a se debruçar, ler, estudar e refletir.
A seguir está uma citação própria posta no blog da Luisa Pfau, uma das participantes do seminário e colaboradora do livro, mostrando seu verdadeiro amor e sua visão crítica para com as construções erguidas às margens do Rio São Francisco: “Meu título era “Luisa no São Francisco” (título do próprio blog), pois acreditava que poderia navegar; fluir dentro do Rio. Não tenho como; não posso entrar no Rio, tenho que me contentar em ficar a sua margem, espiando, seguindo como uma amante furtiva. Hoje meu olhar é mais sobre o relacionamento que Ele tem com suas cidades. Estou realmente na terceira margem. O que me vai pela alma hoje é como uma obsessão em descobrir o elo perdido entre elas e o Rio. Vejo muralhas construídas para afastá-lo...”.
Luisa Pfau nos conta em seu site de relacionamento que o livro "Águas do São Francisco" tem uma pequena participação dela, no capítulo três, onde relata um pouco do que viveu nas margens do rio, quando fez a viagem da nascente à foz no ano de 2009.
No capítulo três do livro – Viagem pelas margens do Rio São Francisco - posto por ela, nos conta que foram 222 dias de viagem, nos quais presenciou apenas dois dias de chuva, em Juazeiro na Bahia. A sua jornada deu-se início no dia 14 de maio de 2009, em São Roque de Minas/MG até 23 de dezembro do mesmo ano, em Piaçabuçú em Alagoas. Luisa Pfau impõe que escolheu o Rio São Francisco pela afeição ao Nordeste, seu clima e povo, e também por ser o maior e mais brasileiro, pela sua importância histórica e cultural.

  Luisa Pfau (http://viagemnosaofrancisco.blogspot.com/)
Uma das autoras do livro: "Águas do São Francisco".

O evento iniciou-se às 19:25h, foram convidados para compor a mesa: o Promotor de Justiça e Diretor da ESMP, Dr. Eduardo Lima de Matos; o Secretário do Meio Ambiente do Estado de Sergipe, Genival Nunes, entre outros convidados. Às 19:29h foi executado o Hino Nacional brasileiro, seguido das canções: “O sertão vai virar mar” e o “Canta Brasil”. A deputada Ana Lúcia foi convidada para compor a mesa, às 19:41h. O Seminário Internacional Opará I foi aberto, oficialmente, pelo Dr. Eduardo Lima de Matos às 19:43h. Então, o professor e coordenador do evento, Antenor de Oliveira Aguiar Netto prosseguiu com a palavra, aproveitando o momento para esclarecer o motivo do nome Opará I, pois visa elaborar outros eventos deste porte, lembra também que o evento poderia se chamar 2º Simpósio “Águas do São Francisco”, mas não, pois preferiria trabalhar esse assunto juntamente com a sociedade.

Abertura do Seminário Internacional Opará I 

Logo após, o psicólogo e Prof. Mestre da Universidade Estadual de Alagoas, Delman Moitinho Barboza deu continuidade a palavra às 19:53h, no qual falou um pouco sobre a espiritualidade humana e sobre o pensar sem ver defeitos nas pessoas. O psicólogo também nos mostrou a relação do “Tênis X Frescobol”, onde diz que é no tênis que o adversário se sente feliz pela sua derrota, pois marca pontos; já no frescobol quando a pessoa joga a bola errada, ela tende a pedir desculpas - foi feita uma ótima reflexão sobre esse fato posto pela pessoa do Dr. Delman.
Em seguida, soube-se da notícia de que o Prof. Dr. Paulo Ricardo Medeiros não poderia comparecer no evento do dia 19 pela manhã, por motivo de forças maiores, com isso a palestra da tarde foi transposta para a manhã. A Prof. Drª. Giselda D. Carpado da Universidade de Buenos Aires prosseguiu falando sobre a valorização dos ecossistemas e da água como uma ferramenta útil no processo decisório, terminando, assim sua apresentação às 21:08h. Em seguida, a seção foi finalizada pela pessoa do Dr. Eduardo Lima de Matos.

 Prof. Drª. Giselda D. Carpado da Universidade de Buenos Aires, juntamente com o Diretor do ESMP.

No dia seguinte, 19 de agosto, às 09:32h foi iniciada a segunda parte do seminário, sendo convidado para compor a mesa: o presidente da mesa, Carlos Eduardo Ribeiro Júnior – Coordenador da Câmara Consultiva Regional, juntamente com o Prof. Mestre Luis Carlos da Silveira Fontes (UFS) e a Prof. Dr. Maria Augusta (UFS). 

 
Da esquerda para a direita: Prof. Dr. Maria Augusta (UFS),  presidente da mesa: Carlos Eduardo Ribeiro Júnior, juntamente com o Prof. Mestre Luis Carlos da Silveira Fontes (UFS). 

Carlos Eduardo Ribeiro começou a sua palestra alertando ao público de que daqui alguns dias não haverá água para a população sequer lavar as mãos, isso não aconteceria se elas mudassem seu hábitos diários. Comentou, também que, mesmo em época de cheia, se formam bancos de areia no “Velho Chico” e que para se iniciar um processo de revitalização é necessária desocupação da população ribeirinha.


 
Coordenador da Câmara Consultiva Regional, Carlos Eduardo Ribeiro.

Ironiza que as pessoas, futuramente poderão beber gasolina ou querosene para matar a sede. Ressalta que Aracaju é uma cidade que está se expandindo e a maioria dos governantes não se preocupam com a expansão, também, do abastecimento de água. Terminando, desta forma, as suas palavras às 10:04h e as passando para Prof. Luis Carlos da Silveira Fontes
O Prof. Luis Carlos começa sua palestra focando nos impactos físicos das barragens do Rio São Francisco e alertando ao público de que, o Rio São Francisco tem perdido a sua potencialidade por motivo das construções das barragens. Fez um breve comentário sobre o filme “Espelho D'Água - Uma Viagem no Rio São Francisco”.  


O palestrante Luis Carlos nos conta a história do “Velho Chico”, quanto ao seu comportamento de antes e de depois das construções das barragens. Os primeiros impactos vistos pela população foi a mudança de cor da água do rio, passando de barrenta a límpida, pois os sedimentos trazidos pelo rio ficavam retidos nas barragens, prejudicando a vida dos animais aquáticos e causando um forte desequilíbrio ecológico na região. 

 
Prof. Mestre Luis Carlos da Silveira Fontes (UFS)
 
Observação: Com o passar do tempo, as águas do Rio São Francisco estão deixando as margens de Alagoas e passando a adentrar no território sergipano, modificando, desta forma, a forma territorial de ambos estados. Ele impõe também que o setor elétrico se nega a reduzir os impactos. Espera-se que este setor faça uma ampla negociação com os órgãos ambientais. Assim todos esperamos...

Ponho agora as minhas conclusões, como um mero acadêmico em Engenharia Elétrica.
Se o setor elétrico for abrir mão de tudo, seria impossível abastecer as diversas cidades que hoje dependem do Rio São Francisco, sobretudo para transmitir iluminação às residências. Seria impossível a essa altura do campeonato parar, de certa forma, de produzir energia. Precisamos olhar os dois lados e é isto que desde a época em que entrei na universidade pus em prática. A meu ver para se trabalhar em conjunto, de forma coletiva, é necessária união e compartilha, se todos queremos ver o bem do país porque não tentar pôr, de forma racional, isso em prática, agora indago... porque não os dois lados (Órgãos Ambientais e Órgãos responsáveis pela produção de Energia Elétrica) se unir e mostrar um verdadeiro serviço para com a população? Isso não serve apenas para a nossa nação “verde-amarela” e sim para todo o Mundo, é necessário que o mundo pense desse jeito. Minhas sinceras desculpas se ofendi a alguém, mas vejo que é de total importância alertá-los desta forma.

Às 11:25h, o Prof. Mestre Luis Carlos da Silveira Fontes passou a palavra para a Prof. Drª. Maria Augusta Mundim Vargas (UFS).
A Prof. Maria Augusta deu início a sua palestra pedindo de maneira carismática que todos os participantes se espreguiçassem e decidiu dividir a sua palestra em duas partes:
    Parte I: “Do que passou ao que nos resta.”;
   Parte II: “Do que nos resta ao que nos aguarda.”, ambas as partes relacionadas de forma concreta aos impactos sociais das barragens no baixo São Francisco.
Às 11:59h, Maria Augusta terminou as suas observações fazendo suas considerações finais. Foi dada uma pausa para o coffee break e às 12:26h, deu-se início ao ciclo de debates. 


O evento foi encerrado às 13:15h.

Gustavo Eloi - 20 de agosto de 2011 às 13:18h


Fonte:
  
http://redeacqua.com.br/2011/07/seminario-internacional-impactos-das-barragens-no-baixo-sao-francisco/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

;