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2012 »

Governo do Rio assina convênio para captação de energia solar no Maracanã
Geração de energia limpa evitará emissão de 2.560 toneladas de CO2 na atmosfera e terá capacidade para abastecer 240 residências.
 
Imagem: [Reprodução/TV Globo]


O governo do Rio de Janeiro firmou parceria com a Light para instalação de placas para captação de energia solar no Maracanã. O convênio Maracanã Solar vai viabilizar a implantação de um anel fotovoltaico sobre a estrutura metálica que sustentará a nova cobertura de lona tensionada, gerando energia limpa equivalente ao consumo de 240 residências e evitando a emissão de 2.560 toneladas de CO2 na atmosfera.
O projeto, já aprovado pelo Iphan, foi desenvolvido pela mesma empresa que está projetando a nova cobertura, a alemã SBP (Schlaich Bergermann und Partner), e não terá custo para o governo do estado. Além disso, a implantação do anel fotovoltaico não influenciará no cronograma da obra e não vai interferir na visão externa ou em qualquer aspecto técnico da estrutura. "A Light assumirá o investimento para implantação e manutenção das placas fotovoltaicas e, após a sua amortização, que será feita por meio da venda da energia gerada, a usina será transferida para o estado, que poderá optar por continuar vendendo esta energia ao mercado ou utilizá-la em imóveis estaduais", diz Regis Fichtner, secretário de Estado da Casa Civil do Rio.

A parceria com a Light contempla ainda R$ 10 milhões para que o estado invista em eficiência energética (troca de lâmpadas, climatização, entre outros) em outros bens públicos.

Maracanã sustentável
O projeto do novo Maracanã seguirá o sistema LEED (Leardership in Energy and Environmental Design), certificado que indica preocupações em energia e design ambiental, do Green Building Council Brasil (GBC), concedido a empreendimentos que apresentam alto desempenho ambiental e energético. O estádio terá dispositivos economizadores de água e um sistema de captação de água de chuva, o que diminuirá o uso de água potável em 50% para irrigação do gramado. A meta é reduzir o consumo de água em 30%.

A chuva captada pela nova cobertura será utilizada também para o funcionamento dos banheiros, que terão torneiras inteligentes com fechamento automático e descargas ecológicas. O Maracanã receberá ainda um moderno sistema de iluminação com lâmpadas de led em 23.500 luminárias de baixa manutenção e longa vida útil. Equipamentos econômicos de ar-condicionado e bombas mecânicas eficientes também estão na lista para a modernização do Maracanã.


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Brasil não investe em energias renováveis modernas, diz ONU


Energias modernas

O Brasil ocupa uma posição de destaque na produção de energias renováveis, mas "poderia fazer mais esforços" em relação às energias solar e eólica.
A conclusão está em um relatório divulgado pela Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad).
"O Brasil, devido ao seu clima e à sua superfície, possui um enorme potencial em termos de energia eólica e solar, mas não explora de forma suficiente sua capacidade nessas áreas", disse Anne Miroux, coordenadora da equipe que produziu o relatório Tecnologia e Inovação - Potencialização do Desenvolvimento com Energias Renováveis.
Miroux afirmou que o Brasil se concentra em setores "maduros", como os biocombustíveis e a geração de energia hidrelétrica, criados há décadas.
"O Brasil está entre os principais países que produzem energias renováveis, mas não em termos de energias modernas, como a eólica e a solar, nas quais nos focalizamos hoje", diz Miroux.

Energias limpas

O relatório da Unctad revela que o Brasil foi o quinto país que mais investiu em energias limpas no ano passado, totalizando a soma de US$ 7 bilhões.
A China, com o valor recorde de US$ 49 bilhões, liderou os investimentos em energias renováveis em 2010, seguida pela Alemanha (US$ 41,1 bilhões), Estados Unidos (US$ 30 bilhões) e Itália (US$ 14 bilhões).
O Brasil é o quarto principal país em termos de capacidade de produção dessas energias, incluindo a hidrelétrica.
Mas o país não está entre os cinco principais em relação à capacidade de produção de energia eólica (liderada pela China) ou solar.

Energias renováveis

A diretora do estudo ressalta que o Brasil "está no bom caminho" com o objetivo "notório" de desenvolver as energias renováveis, apesar de ainda "não fazer o suficiente" em relação às energias solar e eólica.
Ela elogiou a meta fixada pelo governo de que 75% da eletricidade produzida no país seja proveniente de energias renováveis em 2030.
"O Brasil é um dos raros, talvez o único, a ter uma meta tão ambiciosa", afirma Miroux, que questiona também se as enormes reservas do pré-sal poderiam colocar em risco a estratégia atual de desenvolvimento das energias limpas no país.

Tecnologia de energia

Segundo o relatório, os investimentos globais em energias renováveis saltaram de US$ 33 bilhões em 2004 para US$ 211 bilhões no ano passado - um aumento de 539,4%. O crescimento médio anual no período foi de 38%.
Apesar dos números, a diretora do estudo alerta que ainda faltam "centenas de bilhões de dólares" para aperfeiçoar as tecnologias nos países em desenvolvimento e expandir o uso das energias renováveis no mundo.
De acordo com o relatório, as energias renováveis oferecem uma oportunidade real para reduzir a pobreza energética nos países em desenvolvimento.


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Energia solar já atingiu nível de competitividade econômica


Chique

"Já é hora de parar de ver a energia solar como a boutique das fontes de energia."
Na verdade, ela nem mais deveria ser vista como uma fonte alternativa de energia, mas como "uma opção técnica e economicamente viável".
O recado contundente é do pesquisador Joshua Pearce, da Universidade Queens, no Canadá.
Pearce e seus colegas fizeram o levantamento mais criterioso já realizado até agora dos custos da energia solar.
E encontraram números que são muito diferentes dos que vêm sendo adotados na larga maioria dos estudos da área, na maioria das vezes sem critério e sem nenhum questionamento.

Custo da energia solar

"Historicamente, quando comparam a economia da energia solar e das fontes convencionais de energia, as pessoas têm sido muito conservadoras," diz o pesquisador, citando como "pessoas" os estudiosos que publicaram artigos científicos sobre o assunto.
O grupo de Pearce revisou todos esses estudos, publicados ao longo das últimas décadas, e descobriu que os números usados nas comparações de custos estão errados por uma larga margem.
Para descobrir o custo real da energia fotovoltaica é necessário considerar, além do custo dos painéis solares, os custos de instalação e de manutenção, o custo financeiro do investimento, a vida útil dos painéis e a potência efetiva que eles produzem ao longo do ano.

Coeficientes corretos

O primeiro erro encontrado foi na durabilidade dos painéis solares. "Com base nos últimos estudos de longo prazo, nós devemos fazer nossa análise econômica considerando um ciclo de vida de 30 anos, no mínimo," afirmou Pearce.
Além disso, a maioria das análises reproduz um dado que afirma que a produtividade dos painéis solares fotovoltaicos cai a uma taxa de 1% ao ano, quando o dado real, com base nos painéis disponíveis hoje no comércio, fica entre 0,1 e 0,2%.
Finalmente, as análises têm largas variações quanto ao custo por watt de eletricidade gerada, que é citado entre US$2 e US$10.
"O custo verdadeiro em 2011, para painéis solares disponíveis no mercado mundial, é de US$1," afirma Pearce, mesmo que os custos dos próprios painéis e da mão-de-obra para instalação variem largamente ao redor do mundo.

Competitiva

O estudo crítico refaz então os cálculos e conclui que a energia solar já está alcançou competitividade em várias partes do mundo.
Segundo os pesquisadores, os painéis solares já podem gerar uma eletricidade que é tão barata - em alguns lugares, mais barata - do que a energia que os consumidores compram hoje das concessionárias.
Isto sem atribuir um valor financeiro para os outros benefícios da energia solar, como a redução da poluição e a queda na emissão de carbono.


Bibliografia:
A Review of Solar Photovoltaic Levelized Cost of Electricity
K. Branker, M. J.M. Pathak, J. M. Pearce 
Renewable & Sustainable Energy Reviews 
Vol.: 15, 4470-4482 (2011)DOI: 10.1016/j.rser.2011.07.104

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