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domingo, 1 de julho de 2012

Geração Distribuída no Brasil



O desenvolvimento da humanidade está intimamente ligado ao uso da energia em suas diversas formas. Consolidar este desenvolvimento significa, entre outras coisas, garantir que as fontes de energia estejam disponíveis em níveis suficientes e, de igual forma, acessíveis para garantir a demanda de energia que sustenta o desenvolvimento da sociedade moderna.
O racionamento de energia ocorrido em 2001 no Brasil expôs a fragilidade do sistema de geração abrindo espaço para que a discussão sobre fontes alternativas de energia ganhasse força. Adicionalmente, restrições ambientais têm cada vez mais dificultado a abertura de novas faixas de servidão de linhas de transmissão.

Como contribuições principais deste trabalho tem-se, a identificação, no Brasil, das principais oportunidades e barreiras para implantação da geração distribuída.
O crescimento da população e o desenvolvimento tecnológico contínuo exigem uma demanda de energia cada vez maior. Assim, quando o aumento na demanda ultrapassa os limites do sistema, é necessária a construção de novas unidades de geração de grande porte bem como o sistema que suporte a transmissão e distribuição desta nova parcela de energia gerada.
Em 1987, o Prof. Afonso Henriques já tratava em sua tese de doutorado a respeito da geração descentralizada. "Denomina-se sistemas descentralizados aqueles cuja potência instalada em uma de suas PCH's é significativa na contabilidade de sua capacidade total." (SANTOS, 1987). Assim, em sua tese já eram abordados sistemas descentralizados e sua interligação ao sistema.

O que seria geração distribuída?


A geração distribuída (GD), como o próprio nome já deixa explícito, é uma expressão usada para designar a geração elétrica realizada de forma descentralizada, ou seja, junto ou próxima dos consumidores, independente da potência, tecnologia e fonte de energia utilizada.
A forma tradicional (geração centralizada) utilizada na geração de energia é aquela em que possuímos um ponto de geração, normalmente distante das maiores cargas, o que acarreta em longas linhas de transmissão até que essa energia seja distribuída. Dentre as principais vantagens da GD sobre a geração centralizada podemos destacar a economia na construção de subestações, grandes usinas geradoras e a instalação de longas linhas de transmissão (LT) resultando na redução das perdas elétricas, melhorando a estabilidade e a qualidade do serviço.
As principais tecnologias de geração distribuída de energia são as células a combustível, as microturbinas a gás, os motores de combustão interna de baixa emissão, os motores Stirling e os painéis fotovoltaicos. Pode-se citar também as pequenas centrais hidrelétricas (PCH’s), as termelétricas solares, as usinas eólicas e a co-geração, sob certas condições, também se enquadram nesse conceito de geração distribuída. 
Segundo Ackermann, 2001, a geração distribuída pode ser definida como uma fonte de geração conectada diretamente na rede de distribuição ou ao consumidor. A potência instalada, nesta definição, não é considerada relevante para sua caracterização. O autor, neste mesmo trabalho, divide a geração distribuída em função da potência em micro (até 5 kW), pequena (de 5 kW a 5 MW), média (de 5 MW a 50 MW) e grande (de 50 MW a 300 MW), valores que consideram a realidade americana. No Brasil, a geração distribuída é geralmente limitada superiormente por uma potência instalada de 30 MW ou de 50 MW.

Oportunidades e barreiras da Geração Distribuída (GD)

A constante procura por serviços e tecnologias mais eficientes, e com reduzidos impactos ambientais, seja no processo de geração, transmissão ou distribuição de energia elétrica, associada aos necessários investimentos para o aumento da capacidade instalada no setor elétrico brasileiro, tem colocado a geração distribuída como alternativa às tradicionais soluções, seja para instalação local ou para integração regional.
Deste ponto de vista, três tendências independentes estão formando a base para uma possível introdução difundida da geração descentralizada: a reestruturação do setor energético, a necessidade do aumento de capacidade do sistema e os avanços tecnológicos dos acionadores primários. Conforme já salientado, a GD refere-se à geração elétrica em pequena escala (modulares) para consumidores integrados ou isolados, localizados perto do ponto de consumo final. Isto engloba os segmentos industrial, comercial e residencial.
Para entender como a GD se ajusta no mercado global de energia, é preciso olhar para diversos pontos técnicos, tais como a natureza do serviço (geração apenas de eletricidade ou geração de eletricidade e energia térmica cogeração), a localização na rede e os benefícios aos usuários. 

- Oportunidades:
1.Postergação de investimentos;
2.Redução de perdas;
3.Confiabilidade;
4.Atendimento à comunidades isoladas;
5.Novas opções de negócio;
6.Redução de áreas alagadas;
7.Micro-redes.


A GD pode desempenhar também um papel importante no caso de interrupções devido à acidentes naturais, evitando longos períodos sem fornecimento de energia. A figura acima mostra como a GD pode minimizar tais problemas, os consumidores localizados a jusante do ponto de conexão da GD seriam normalmente atendidos pela fonte geradora representada.


- Barreiras:
1.Questões regulatórias;
2.Custo das tecnologias;
3.Níveis de consumo atuais de energia;
4.Procedimentos de operação e proteção;
5.Tarifas;
6.Poluição sonora;
7.Pouco conhecimento da tecnologia de cogeração.

Qualquer país que procure de forma sensata e racional, garantir um desenvolvimento contínuo e crescente, deve, obrigatoriamente, se preocupar com as formas de se garantir um abastecimento de energia que sustente o desenvolvimento pretendido. Esta preocupação, legítma e essencial, deve contribuir para o fomento de ações e discussões, não só na esfera governamental, mas também nas esferas social e científica, de modo que se encontre um caminho que seja possível enquanto projeto e viável enquanto empreendimento.

A Geração Distribuída, portanto, propõe um novo olhar sobre o modelo do sistema elétrico, que apresenta várias vantagens em relação ao modo de gerar convencional, a saber: 
• Viabiliza a eficiência energética regional a partir da sua renovabilidade;
• Adequa os custos da energia de atividades economicamente críticas;
• Viabiliza o emprego das fontes renováveis disponíveis;
• Viabiliza unidades geradoras de pequeno porte;
• Fornece energia adequada ao tipo de consumo; 
• Produz amplos efeitos econômicos locais e regionais.

Projeto de Geração Distribuída dividido em documentários:

Parte 1 -
Parte 2 -

Fonte:

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