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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Energia eólica nas grandes altitudes, um enorme potencial


[Imagem: Magenn]
Turbinas eólicas são cada vez mais comuns na paisagem, a cerca de 90 metros do chão, com suas enormes pás girando rápido. Contudo não é a 90 metros que os ventos são mais rápidos. Os ventos são rápidos e consistentes em altitudes bem superiores, chegando ao máximo nas correntes de jato a 8 quilômetros de altura ou mais.
Com a energia eólica convencional enfrentando todo tipo de obstáculos – a intermitência dos ventos, o amplo espaço necessário para as instalações, o “que-não-fiquem-perto-de-mim” etc. – a geração de energia  eólica na atmosfera envolve muitas incertezas e problemas regulatórios.  A despeito dos diversos desafios técnicos e regulatórios um crescente número de pequenas empresas trabalha pesado para solucioná-los nos próximos anos, com numerosos desenhos e ideias visando colher energia eólica bem alto nos céus.
As questões são complexas: Como sustentar com segurança turbinas aéreas a centenas de metros do solo; como mantê-las lá sem incorrer em altos custos de manutenção; como lidar com o tráfego aéreo?
Contudo os interessados argumentam que algumas de suas alternativas são mais baratas e mais fáceis de serem implementadas do que suas congêneres no solo. Custos de construção ao dispensar as torres de aço e concreto podem ser bem menores e os mecanismos de acompanhamento da mudança de direção do vento são desnecessários.

[Imagem: Maggen-ChrisRadisch]

A exemplo da empresa canadense Magenn que tenta revolucionar a forma de captação de energia eólica. A invenção chamada de Magenn Air Rotor System, ou simplesmente “Mars”, consiste em usar balões inflados com gás hélio a trezentos metros de altitude, ao invés de gigantes cata-ventos instalados em postes, aproveitando o vento para girar as pás ao longo de seu eixo horizontal e assim transformar o movimento em energia elétrica.
Por meio de cabos ligados ao sistema de ancoragem, os geradores internos fazem com que a eletricidade captada, seja repassada a transformadores em terra para uso imediato ou armazenamento e posterior distribuição. Dependendo das dimensões do balão, o sistema será capaz de gerar desde 10 kilowatts de potência - o que o tornará útil também para pequenas propriedades - até a faixa dos Megawatts.
O balão deverá funcionar ancorado por um cabo de aço a 300 metros de altitude. O vento fará girar a sua parte externa, movimentando um gerador interno. A eletricidade gerada chegará ao solo por meio de um cabo anexo ao cabo de ancoragem.
Cálculos da empresa dizem que como o Mars ficará em grande altitude, a eficiência do equipamento será de 50% para conversão do vento em energia, contra 25% das tradicionais turbinas eólicas instaladas em solo. Outras vantagens oferecidas são a mobilidade, podendo ser facilmente levado a lugares com maior índice de ventos e a baixa manutenção, porque não necessita de guindastes ou construção de torres de reparos.
As aplicações sugeridas são países com infra-estrutura limitada, fábricas, minas, fazendas, locais remotos e até áreas afetadas por catástrofes para oferecer energia de emergência.
A ideia do “Mars” surgiu a partir de uma adaptação da Aeronave Magnus, um dirigível que voava de lado e inventado nos anos 70 por Fred Ferguson, engenheiro aeronáutico fundador da Magenn.

[Imagem: Fred Ferguson-Divulgação]

O dirigível Magnus foi projetado de forma a girar à medida que se movia para frente. A rotação permite que ele ganhe sustentação, estabilidade, e possa manter-se posicionado em uma área restrita e totalmente controlada - um fenômeno agora conhecido como efeito Magnus.

[Imagem: Magenn]

Um conceito simples, o vento gira as pás, o gerador envia a energia captada para o transformador, que distribui para a subestação.


Segundo o autor do projeto, as turbinas eólicas convencionais tem a desvantagem de estar fixadas ao solo e, consequentemente, dependentes do vento que passe na sua localização. Esta abordagem propõe que essas limitações sejam ultrapassadas através da elevação do sistema para uma altitude de cerca de 300 metros, onde beneficiará das brisas constantes aí existentes.

Fontes:
clicRBS
Alternativa - Brasil economia
Milenar
Inovação Tecnológica

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