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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Automação industrial ganha ambiente visual de desenvolvimento

 
Sistemas de monitoramento remoto estão espalhados por toda a parte,
acompanhando desde telescópios robotizados instalados em montanhas 
distantes até fornos industriais, geradores elétricos e turbinas eólicas.
[Imagem: Fraunhofer]
 
 Sistemas de monitoramento

   Sistemas de monitoramento remoto estão espalhados por toda a parte, acompanhando segundo a segundo o funcionamento de equipamentos tão diferentes quanto telescópios robotizados instalados em montanhas distantes, fornos industriais, geradores elétricos e turbinas eólicas.
   O trabalho desses programas, que representam a alma da automação industrial, é monitorar continuamente o funcionamento dos equipamentos e, tão logo algo dê errado, emitir um alerta para a central de manutenção para que as providências possam ser tomadas antes que o equipamento pare e cause prejuízos maiores.

Lendo dados de sensores

   Para fazer isto, os programas de automação leem os dados de sensores dos mais diversos tipos: sensores de temperatura, de posição, de velocidade, de pressão do óleo e assim por diante. Quando o valor lido de um determinado sensor sai da escala padrão, um alerta é emitido para o operador.
   Posto assim, parece que esses programas de automação e monitoramento remoto são simples e fáceis de fazer. Infelizmente este não é o caso. Como cada equipamento a ser monitorado tem suas próprias características e seus próprios sensores, cada equipamento exige um programa específico. Vai montar um equipamento novo? Então contrate um programador o quanto antes, porque ele terá que começar o trabalho do zero.

Ambiente visual de desenvolvimento para automação

   Pelo menos era assim até agora. O trabalho pode de fato tornar-se mais simples com uma ferramenta apresentada nesta semana pelos engenheiros do Instituto Fraunhofer, na Alemanha.
   A ferramenta é um ambiente integrado de desenvolvimento totalmente visual, o que significa que o sistema básico de monitoramento remoto pode ser adaptado para diversas funcionalidades sem exigir programação direta de código.
  "Nós desenvolvemos nossa própria linguagem de configuração que é especialmente adaptada para os sistemas de monitoramento remoto," explica o Dr. Mario Trapp, coordenador do projeto. "Você não precisa de nenhum conhecimento de programação para trabalhar com essa linguagem. O engenheiro pode ajustar o programa de forma simples e direta usando funções de arrastar e soltar."

Arrastar e soltar

   As ferramentas e os sensores correspondentes aos dispositivos reais que podem estar instalados na fábrica aparecem na tela na forma de ícones. O usuário simplesmente clica nos ícones e os coloca onde eles são necessários.
   Por exemplo, se a fábrica exige um sensor de pressão, o ícone correspondente a esse tipo de sensor deve ser arrastado para o ambiente de monitoramento e uma janela se abre para que o usuário ajuste os valores mínimo, desejável e máximo que ele deve monitorar. Uma outra configuração permite controlar o que o usuário deseja que aconteça se os valores foram excedidos, com opções indo desde um alerta emitido para um telefone celular, até o desligamento integral da planta industrial.
   Quando todas as opções estão selecionadas e configuradas, o ambiente gera o código necessário e compila o sistema de monitoramento remoto.
   Mesmo depois de estar instalado e funcionando, é possível alterar o programa, por exemplo, para adicionar novos sensores. Hoje isso não é tão simples, exigindo trazer de volta o programador para reconstruir o programa e inserir as novas funcionalidades.

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