Sistemas de monitoramento remoto estão espalhados por toda a parte,
acompanhando desde telescópios robotizados instalados em montanhas
distantes até fornos industriais, geradores elétricos e turbinas
eólicas.
[Imagem: Fraunhofer]
Sistemas de monitoramento
Sistemas de monitoramento remoto estão espalhados por toda a parte,
acompanhando segundo a segundo o funcionamento de equipamentos tão
diferentes quanto telescópios robotizados instalados em montanhas
distantes, fornos industriais, geradores elétricos e turbinas eólicas.
O trabalho desses programas, que representam a alma da automação
industrial, é monitorar continuamente o funcionamento dos equipamentos
e, tão logo algo dê errado, emitir um alerta para a central de
manutenção para que as providências possam ser tomadas antes que o
equipamento pare e cause prejuízos maiores.
Lendo dados de sensores
Para fazer isto, os programas de automação leem os dados de sensores
dos mais diversos tipos: sensores de temperatura, de posição, de
velocidade, de pressão do óleo e assim por diante. Quando o valor lido
de um determinado sensor sai da escala padrão, um alerta é emitido para o
operador.
Posto assim, parece que esses programas de automação e monitoramento
remoto são simples e fáceis de fazer. Infelizmente este não é o caso.
Como cada equipamento a ser monitorado tem suas próprias características
e seus próprios sensores, cada equipamento exige um programa
específico. Vai montar um equipamento novo? Então contrate um
programador o quanto antes, porque ele terá que começar o trabalho do
zero.
Ambiente visual de desenvolvimento para automação
Pelo menos era assim até agora. O trabalho pode de fato tornar-se
mais simples com uma ferramenta apresentada nesta semana pelos
engenheiros do Instituto Fraunhofer, na Alemanha.
A ferramenta é um ambiente integrado de desenvolvimento totalmente
visual, o que significa que o sistema básico de monitoramento remoto
pode ser adaptado para diversas funcionalidades sem exigir programação
direta de código.
"Nós desenvolvemos nossa própria linguagem de configuração que é
especialmente adaptada para os sistemas de monitoramento remoto,"
explica o Dr. Mario Trapp, coordenador do projeto. "Você não precisa de
nenhum conhecimento de programação para trabalhar com essa linguagem. O
engenheiro pode ajustar o programa de forma simples e direta usando
funções de arrastar e soltar."
Arrastar e soltar
As ferramentas e os sensores correspondentes aos dispositivos reais
que podem estar instalados na fábrica aparecem na tela na forma de
ícones. O usuário simplesmente clica nos ícones e os coloca onde eles
são necessários.
Por exemplo, se a fábrica exige um sensor de pressão, o ícone
correspondente a esse tipo de sensor deve ser arrastado para o ambiente
de monitoramento e uma janela se abre para que o usuário ajuste os
valores mínimo, desejável e máximo que ele deve monitorar. Uma outra
configuração permite controlar o que o usuário deseja que aconteça se os
valores foram excedidos, com opções indo desde um alerta emitido para
um telefone celular, até o desligamento integral da planta industrial.
Quando todas as opções estão selecionadas e configuradas, o ambiente
gera o código necessário e compila o sistema de monitoramento remoto.
Mesmo depois de estar instalado e funcionando, é possível alterar o
programa, por exemplo, para adicionar novos sensores. Hoje isso não é
tão simples, exigindo trazer de volta o programador para reconstruir o
programa e inserir as novas funcionalidades.
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